Caminhada encerra campanha de alerta ao câncer do homem

Os mais de mil manifestantes, capitaneados pelo deputado Álvaro Gomes e o vereador Everaldo Augusto (ambos do PCdoB), saíram em caminhada do Campo Grande à Praça da Piedade, distribuindo folhetos sobre os cuidados e exames que devem ser tomados contra essas neoplasias.

Ao longo do trajeto, as pessoas aplaudiam a iniciativa e se incorporavam ao movimento, enquanto outras acenavam da sacada das janelas. Com o reforço de um carro de som, Álvaro Gomes divulgava números dessas doenças no Estado, e as razões que o levaram a apresentar o projeto no Legislativo estadual, bem como a deflagrar a campanha que tingiu de roxo a primeira capital do país.

O Novembro Roxo é oriundo do Projeto de Lei nº 19.997/2012, que estabelece o mês de novembro para incentivo e divulgação da prevenção dessas enfermidades.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que cerca de 3 mil novos casos de câncer de próstata sejam notificados por ano na Bahia. No país são mais de 80 mil. O tumor maligno do pênis, embora em menor escala, não é menos preocupante. O Hospital Aristides Maltez, especializado na doença, amputa em torno de 80 pênis por ano, de acordo a direção da unidade.

“Os números são elevados. São doenças que atingem particularmente os mais pobres. A falta de informação e o preconceito com o exame acabam por fazer grande estrago na saúde dos baianos. Precisávamos de uma participação mais direta do poder público na conscientização da população, e sobretudo na quebra do preconceito”, disse o comunista.

A Campanha Novembro Roxo envolveu uma sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia, último dia 12, palestras em quarteis, bases comunitárias, visita a órgãos públicos, iluminação de cartões-postais da cidade, a exemplo do Elevador Lacerda, Cristo da Barra, Orixás do Dique do Tororó, além da colocação da gravata roxa alusiva ao movimento numa gama de estátuas, bustos e esculturas da capital baiana.

A receptividade da sociedade ao projeto também roxeou de satisfação o seu autor. “Me deixou muito feliz o fato de instituições como a Polícia Militar, a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), os hospitais Ernesto Simões e Aristides Maltez, as entidades médicas, a imprensa, os sindicatos, e a própria Assembleia Legislativa terem abraçado nossa proposição”, confessou Álvaro Gomes.

Ascom/ Álvaro Gomes