Uruguai celebra dia da cultura afro e da igualdade racial 

Os uruguaios comemoram nesta segunda-feira (3) o “Dia Nacional do Candombe, a Cultura Afro-uruguaia e da Igualdade Racial” com desfiles carnavalescos, obras de teatro e demandas por mais inclusão social. 

Candombe - Uruguai

O candombe é um ritmo de origem africana, que chegou a Montevideo no século 18, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e se estabeleceu como símbolo da identidade nacional. 

O Uruguai assumiu compromissos para desenvolver a promoção e a igualdade racial, mas organizações de afrodescendentes consideram que ainda falta muito acesso a educação e há muita discriminação.  O governo conta com um grupo coordenador de políticas públicas para afrodescendentes e outro sobre o Candombe, dependente do Ministério da Educação e Cultura, que organizaram várias atividades para esta jornada.

A Casa de Cultura Afro-uruguaia promove, recopila e difunde o acervo artístico dos afrodescendentes e busca o desenvolvimento, formação, integração e intercambio com a sociedade, além de promover “as expressões que contribuam com a identidade nacional, fomentando valores de solidariedade contrários ao racismo e a discriminação”, segundo seus porta-vozes.

Uma pesquisadora lembrou que as cerimonias sagradas dos escravos foram camufladas em danças profanas e liberadas em datas cristãs porque não houve outro espaço. “Está em nós”, agregou “recuperar as origens que permitam integrar-nos com dignidade cultural completa para a cidadania que conformamos os seres de todas as cores e procedências”. 

Com TeleSur