Delegação de agência nuclear da ONU chega ao Irã
Autoridades iranianas receberam em Teerã, nesta quinta (13), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Herman Nackaerts, que vai participar da nova rodada de negociações sobre a questão nuclear.
Publicado 13/12/2012 10:45
A delegação da agência atômica da ONU é composta por sete membros, e as partes pretendem desenvolver um novo plano de modalidade que se propõe a resolver as questões pendentes, de acordo com um despacho da agência de notícias oficial Irna.
Entre os objetivos de Nackaerts, figura uma visita à usina nuclear de Parchin, à qual o Irã está aberto, após a conclusão do plano de modalidade, de acordo com as autoridades persas.
No mês passado, o chanceler iraniano, Ali Akbar Aalehi, negou relatos da imprensa, segundo as quais o Irã demora a reiniciar as conversações para limpar vestígios atômicos nestas instalações.
Especialistas nucleares sabem perfeitamente que os indícios de atividade atômica ilegal não pode ser limpos, disse o chanceler.
A nova edição das conversas se segue a formulações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, durante uma conferência de imprensa, em que ele pediu a destruição de todos os arsenais nucleares e o estabelecimento de cooperação em todos os países do mundo.
Teerã também insiste na despolitização da questão atômica e assegura que seu programa de desenvolvimento nuclear é pacífo e se insere em seus direitos como signatário do Tratado de Não Proliferação e membro da AIEA.
Em janeiro e fevereiro passados, a delegação iraniana manteve conversações sobre o assunto em Teerã; em maio seguinte, os grupos se encontraram novamente em Viena, sede da agência atômica da ONU, prelúdio de outro contato no mesmo local em agosto.
Enquanto isso, as mais altas autoridades iranianas, incluindo o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, negou relatos de que o país havia deixado as conversações.
Alegações sobre a natureza militar do programa nuclear iraniano são sustentadas apenas em versões de agências de inteligência dos EUA, um país cujos governos emitiram severas medidas punitivas contra o Irã.
Fonte: Prensa Latina