Inimigos da Síria reconhecem oposição como representante do país

 Países do grupo autointitulado "Amigos da Síria" se reuniram nesta quarta-feira (12), no Marrocos, e decidiram reconhecer a Coalizão Nacional das Forças de Oposição e da Revolução Síria – que abriga vários grupos opositores – como única representante oficial da população da Síria.

A declaração adotada no encontro pede que Assad se retire do poder, para permitir "uma transição política sustentável", após meses de conflito no país. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já havia declarado em entrevista que o país havia passado a reconhecer a coalizão dos grupos de oposição sírios como os “legítimos representantes do país”. 

As forças externas inimigas da Síria capitaneadas pelo imperialismo estadunidense e União Europeia levantam o pretexto do eventual uso de armas químicas pelo governo sírio para justificar uma intervenção externa. A Síria já negou categoricamente qualquer intenção nesse sentido.

O Brasil recusou o convite do grupo para participar da reunião desta quarta. A posição do Itamaraty é que esse debate não pode ser feito fora do Conselho de Segurança da ONU – que tem legitimidade para decidir sobre o caso. Rússia e China também se recusaram a participar do encontro.

O porta-voz da Chancelaria chinesa, Hong Lei, afirmou nesta quinta (13) em Pequim que o futuro da Síria tem de ser decidido pelo povo do país. "É prioritário pôr fim aos conflitos e iniciar, o mais rápido possível, o processo de transição política, a fim de concretizar uma solução justa e adequada da questão. A comunidade internacional tem de incentivar os envolvidos a desempenhar um papel positivo e construtivo."

O chanceler francês Laurent Fabius afirmou que o reconhecimento da oposição síria poderia abrir caminho para o aumento da ajuda aos grupos que a constituem, inclusive militar para as forças mercenárias que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad. O encontro dos "Amigos da Síria" envolveu nações árabes e ocidentais.

O reconhecimento internacional das forças mercenárias que pregam a derrubada do governo sírio e praticam atos de terrorismo contra a população é a nova tática do imperialismo para intervir na complicada crise do país árabe.

Com agências