EUA liberarão US$ 633 bilhões para defesa nacional em 2013

A Casa dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nessa quinta-feira (20) uma proposta de lei para autorizar o orçamento do Ministério de Defesa Nacional, estimado em cerca de US$ 633 bilhões, durante o ano fiscal de 2013.

O Senado americano poderia votar ainda hoje (21) a proposta, da qual, o governo pode usar US$ 528 bilhões como fundo básico para a defesa nacional e o Ministério de Energias, US$ 17 bilhões para projetos de armas nucleares e mais US$ 88 bilhões para intervenções militares fora do país. O orçamento total soma US$ 1,7 bilhão a mais do que o apresentado por Obama.

China mostra preocupação

Dentro do orçamento militar votado algumas questões incomodaram a China. Pelo menos duas cláusulas fizeram com que a mídia do país asiático refletisse a preocupação em suas páginas, uma sobre a questão das ilhas Diaoyu e a outra sobre venda de armamento a Taiwan.

Uma das cláusulas reconhece o direito administrativo do Japão sobre as ilhas Diaoyu, apesar de os EUA assumirem neutralidade quanto à soberania das ilhas Diaoyu.

Outra cláusula apela para que os EUA vendam a Taiwan jatos avançados F-16C/D ou modelos parecidos.

Estratégia de dominação

A ativista e presidenta do Cebrapaz Socorro Gomes criticou os gastos militares dos Estados Unidos. "Apesar da grave crise econômica que assola os EUA, os gastos militares do país não param de crescer".

Segundo dados do Centro para o Controle e Não-Proliferação de Armas, os gastos militares dos EUA em dólares de 3 anos atrás são superiores aos momentos de pico da guerra fria, como no caso da Guerra da Coreia (1952: US$ 604 bilhões), da Guerra do Vietnã (1968: US$ 513 bilhões) ou no período Reagan (1985: US$ 556 bilhões).  O orçamento militar deste ano supera todos esses gastos corrigidos citados pelo Centro.

A ativista afirma que esse valor serve para alimentar "o grande complexo de Bases Militares, Comandos Especiais, Frotas Navais e a Otan". A razão disso, diz Socorro, é que toda essa parafernália "está a serviço de uma estratégia muito bem definida por parte dos EUA: garantir o domínio de povos e nações".

"Ao aumentar sua presença na Ásia, África e na América Latina, seu intuito é claro, criar condições para impedir a consolidação de novos blocos de poder, além de posicionar força sobre grandes reservas de recursos naturais e de rotas comerciais importantes", diz Socorro

Da redação, com agências