Após 40 anos, material da resistência uruguaia é encontrado
Publicações da resistência universitária à ditadura uruguaia (1973-1985) foram achadas no teto da Faculdade de Medicina e serão entregues ao grupo de investigação histórica sobre ditadura e terrorismo de Estado.
Publicado 04/01/2013 08:12
Esse grupo, coordenado pelo decano da Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação, Álvaro Rico, analisará a literatura política achada na semana passada – 40 anos depois – durante tarefas de manutenção do centro de estudos.
Segundo meios locais, entre os materiais figuram cartazes e várias cópias do Voz Operária de 1972.
Alfonso Machado, estudante de arqueologia e funcionário público da Faculdade de Medicina, afirmou que os panfletos mencionam detentos/desaparecidos, assim como a intervenção militar do Hospital das Clínicas, "reprimindo e sequestrando gente", entre outras denúncias.
Durante os meses prévios ao golpe de Estado, a repressão ficou mais intensa e a sede da Associação de Estudantes de Medicina virou um lugar assustador, recordou o então militante estudiantil Luis Bianchi ao jornal La República.
Na sede foram guardados panfletos e jornais até a ocupação da Universidade em outubro de 1973, agregou.
Fonte: Prensa Latina