Jordânia vive dia de manifestação antigovernamental

Centenas de cidadãos da Jordânia se manifestaram na sexta-feira (4) em Amã, capital do país, para pedir a libertação dos presos políticos, a aplicação de reformas políticas, o fim da corrupção e emendas à lei eleitoral.

Gritando lemas de protesto, os jordanianos assinalaram a necessidade de enfrentar as pessoas que saquearam as riquezas do país e exigir verdadeiras reformas sociais.

Além de pedir ao governo de Amã que adote mais reformas, também exigiram que seja suspenso o último aumento dos preços dos combustíveis, produtos e serviços, e que os autores da corrupção que afeta o país sejam detidos e julgados pela Justiça.

Apesar de repetidas promessas de reformas feitas pelo rei do país, Abdulá II, os participantes das manifestações, realizadas sob o tema "Continuamos", se comprometeram a dar sequência aos protestos pacíficos até obter sucesso.

Os protestos populares antigovernamentais, que começaram em janeiro de 2011 no país árabe, se intensificaram recentemente por causa do aumento considerável dos produtos de consumo habitual.

Em novembro de 2012, aumentaram os preços do gás doméstico em 54%, o do Diesel e do querosene em 33% e a gasolina em 15%, quando o governo decidiu eliminar os subsídios aos combustíveis, com o objetivo de fazer frente a um déficit no orçamento de US$ 5 bilhões.

Reformas políticas em todos os sentidos, fim da corrupção, eleição do primeiro ministro por voto popular, emendas à lei eleitoral e redução do poder real são as principais reivindicações levadas nas manifestações jordanianas, inspiradas nas revoltas que atingiram os países árabes nos últimos anos.

Fonte: HispanTV