Passaporte diplomático de ex-ditador haitiano é renovado

Segundo Georges, o Ministério de Relações Exteriores re-expediu para Duvalier no mês passado o documento expirado, como se realiza usualmente quando se trata de ex-presidentes e ex-premiês.

Há quase dois anos, o ex-ditador regressou de maneira repentina a Porto Príncipe depois de permanecer um quarto de século na França, e então autoridades haitianas abriram uma investigação por abuso dos direitos humanos durante seu regime de 1971 a 1986.

No entanto, no final de janeiro do ano passado, Carves descartou julgar o também conhecido como Baby Doc por essas violações, declaradas como prescritas, e indicou que iria aos tribunais apenas por corrupção e desvio de fundos.

Dessa forma, o juiz obviou dezenas de denúncias apresentadas por vítimas da ditadura, cujos abusos, na opinião das organizações civis, constituem crimes contra a humanidade, pelo qual são imprescritíveis.

Se for processado por corrupção, Duvalier enfrentará uma pena máxima de até cinco anos de prisão, mas ainda se espera pelo pronunciamento do Tribunal de Apelação.

O Baby Doc, sucessor no poder de seu pai, o também déspota Francois Duvalier, são atribuídos outros delitos como a associação com delinquentes e malversação entre 300 e 800 milhões de dólares.

Diversas fontes estimam que durante as ditaduras dos Duvalier foram assassinados de 20 mil a 30 mil civis haitianos, principalmente nas mãos das forças paramilitares, ainda existentes de forma não oficial, chamadas Ton Ton Macoutes.

Fonte: Prensa Latina