Universidade de Brasília investiga pichações homofóbicas

Em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (10), o diretor da Faculdade de Direito, George Galindo, afirmou que foi criada uma comissão de sindicância da própria unidade para apurar a autoria das pichações homofóbicas na instituição. Segundo ele, é preciso “agir com rapidez e dureza. Este ato precisa ser investigado e punido”.

Galindo considerou o ato como muito grave e ressaltou ter encaminhado ao reitor da UnB, Ivan Camargo, um pedido de tomada de providências, ficando a cargo deste aplicar as medidas que considerar cabíveis, possivelmente acionando, em breve, as instâncias das Polícias Civil e Federal para instalação de inquérito de investigação e punição dos responsáveis.

O diretor afirmou ainda que a "A Faculdade de Direito repudia esta atitude veementemente. Sempre tentamos ser um ambiente plural, para todos. É algo lamentável", considerou. Segundo ele, a intenção de se fazer um registro da ocorrência pretende não só promover a apuração das responsabilidades como respaldar a Universidade para ações futuras.

Mais sobre o caso

De acordo com informações da UNB, na última terça (8), com retorno das aulas, após o recesso de final do ano, estudantes da UNB encontraram pichações ofensivas nas paredes do Centro Acadêmico de Direito (CADir).

Logo após, fotos das mensagens foram publicadas na internet e receberam manifestações contrárias. As imagens revelavam, dentre outras frases: “Ñ aos gays” e “Quem gosta de dar, gosta de apanhar”.

O CA divulgou uma nota de repúdio às ofensas convocando alunos a não se calarem diante do ocorrido. Membro do CA, Hugo Fonseca disse que as pichações não são novidade, mas que a frequência vem aumentando e que as mensagens desta vez foram muito pesadas.

Segundo ele, “as pichações acontecem há muito tempo. Eu mesmo já apaguei uma mesma frase duas vezes. A bandeira LGBT que temos fixada na parede já foi atirada pela janela mais de uma vez. São atos que se repetem, mas que não são isolados. A novidade é que a freqüência das pichações vem aumentando. São mensagens realmente ofensivas”.

Com informações da EBC