Índia e Paquistão tentam aliviar tensões na Caxemira

Em uma nova tentativa de pôr fim aos confrontos na Caxemira, altos chefes militares da Índia e do Paquistão se reunirão nesta segunda (14) em um ponto da fronteira comum nessa disputada região.

Fontes do exército indiano confirmaram que a reunião será entre chefes de brigada, ao meio dia local e no setor de Poonch, o mesmo onde nos últimos oito dias tropas de ambos os lados têm se enfrentado, com perdas humanas para ambas partes.

Islamabad tinha se recusado até agora a estabelecer um diálogo desse tipo e propunha uma investigação independente dos fatos por parte do Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas para a Índia e Paquistão. Nova Deli, no entanto, alega que não há motivos para internacionalizar o assunto.

O respeito ao cessar fogo na Linha de Controle que divide a Caxemira, vigente desde 2003, é considerado a base do processo de entendimento entre os dois velhos rivais.

As próprias fontes indicaram que os generais também tentarão entrar em um acordo para reabrir o controlado trânsito de mercadorias e viajantes na região, interrompido pouco depois dos primeiros incidentes.

O quinto e mais recente teve lugar na meia-noite de sábado, quando, segundo a Índia, os Rangers paquistaneses atacaram com metralhadoras postos de controle no setor de Poonch, felizmente sem mortos nem feridos.

Os outros incidentes foram no domingo dia 6 (uma perda mortal para o lado paquistanês); na terça-feira 8 (dois indianos jawans mortos a tiros e depois degolados); na quinta-feira 10 (um Ranger morto); e na sexta-feira 11 (sem baixas), intercalados com protestos diplomáticos. A escalada das tensões em Caxemira, pela qual cada país culpa seu vizinho, tem gerado preocupação na comunidade internacional.

Na quinta-feira da semana passada, a ONU chamou as duas partes a manter uma atitude equilibrada e a resolver o diferendo mediante diálogo. Também o fizeram a China e os Estados Unidos nos dias anteriores.

As duas únicas nações com armas atômicas no sul da Ásia foram um par de vezes à guerra por estarem inconformadas com as fronteiras estabelecidas pelo império britânico na região, uma das mais militarizadas do mundo.

Fonte: Prensa Latina