Perpétua Almeida defende mais recursos para ações nas fronteiras 

Perpétua afirmou que as populações que moram nas faixas de fronteira devem receber uma atenção maior por parte dos governantes, além de ressaltar que o Estado garanta a ordem nestas regiões. "Além do debate sobre a proteção da fronteira, temos que nos preocupar, também, com a vida de quem está morando na região", disse a parlamentar.

De acordo com dados do governo, divulgados em dezembro de 2012, mais de 40 organizações criminosas foram desarticuladas e mais de duas mil armas de fogo foram apreendidas. Um total de 350 toneladas de entorpecentes foi retirado de circulação. Já o montante em dinheiro chega à casa dos R$12 milhões.

A deputada ficou preocupada com as informações obtidas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Vitória, em Rio Branco (AC). Segundo as assistentes que trabalham no local, as crianças estão se transformando no principal alvo do tráfico de drogas que, de acordo com as assistentes sociais, estão usando drogas cada vez mais cedo.

Ainda não foi elaborada uma estatística sobre o consumo de drogas na infância em Rio Branco, mas, em São Paulo, o coordenador do serviço SOS-Criança da prefeitura constatou que alguns anos atrás os meninos começavam a se envolver com drogas aos 15 anos, os registros da Polícia Civil da capital paulista constatam que atualmente muitas crianças começam a consumir drogas aos cinco anos e aos oito já são traficantes.

"Precisamos evitar que esse tipo de situação vire rotina também em nosso Estado. O que percebemos é que os problemas são interligados e necessitam de uma intervenção conjunta. Crianças de famílias carentes e desestruturadas são alvos mais fáceis dos traficantes. Por isso o Estado tem que atuar preventivamente, garantindo emprego, habitação, lazer e educação. Eu estou fazendo a minha parte, consciente que este é quase o trabalho do beija-flor tentando apagar o incêndio’’, desabafou a parlamentar, que destinou R$5 milhões em emendas parlamentares para auxiliar entidades que tratam de dependentes químicos no Acre.

Fonte: A Gazeta do Acre