Telefonia: Oi e TIM se unem para explorar rede de tecnologia 4G

Em nota publicada nesta sexta-feira (18), a TIM e a Oi informaram que se unirão para construir uma única rede de exploração do serviço de quarta geração de serviços móveis (4G) no país. De acordo com as empresas, pela primeira vez no mercado brasileiro, duas operadoras de telefonia concorrentes se unem para operar uma só rede, num modelo que vai além do compartilhamento da infraestrutura.

Com a parceria, é estimado que as operadoras terão economia de 40% a 60% do custo combinado para implantar a tecnologia Long Term Evolution (LTE), de 4G, o que garante mais competitividade dfrente as demais operadoras.

"Estamos constantemente acompanhando e discutindo modelos de negócios para compartilhamento de redes, que acredita ser essencial para o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil. Em coerência com o endereçamento de políticas públicas, o compartilhamento de redes agiliza a instalação de infraestrutura e otimiza investimentos em prol da qualidade dos serviços prestados", afirmou a TIM através de nota.

Também em nota, a empresa Oi "o compartilhamento de infraestrutura de telecomunicações é uma prática mundialmente difundida e que sempre avalia oportunidades dessa natureza no mercado".

Investimento

Segundo pesquisa da Tendências Consultoria, entre 2011 e 2015, as empresas de telecomunicações desembolsarão R$ 72,9 bilhões, o que inclui 4G. Por isso, a divisão dos custos entre concorrentes é vantajosa.

Com amplitude nacional, a TIM e Oi pagaramR$ 340 milhões e R$ 330 milhões, respectivamente,  pelas frequências de 4G. As frequências de maior capacidade de cobertura, no entanto, ficaram com Telefônica /Vivo (que pagou mais de R$ 1 bilhão) e Claro (R$ 844,5 milhões).

Copa dasConfederações

De acordo com a nota das empresas, o serviço deve estar pronto em abril, a tempo de ser testado e estar em funcionamento pleno nas cidades-sede da Copa das Confederações, que será realizada em junho (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador).

Informações publicadas na imprensa nacional  dão conta de que a TIM e a Oi dividiram o número de cidades, e cada uma implantará a rede nas localidades que assumiu. 

A Anatel informou que caso as empresas não consigam instalar a rede dentro do cronograma, está prevista a abertura de procedimento administrativo. A agência reafirmou que irá executar o valor das garantias depositadas pelas teles, de R$ 16,6 milhões por operadora, e de R$ 50,4 milhões para quem atrasar 50% na área urbana nas cidades-sede da Copa das Confederações.

Joanne Mota
Com informações do Valor Econômico