Financial Times ataca Mantega novamente

Fofoca publicada no blog Beyondbrics, mantido pela biblia britânica da especulação financeira, o jornal Financial Times, diz que tentar entender o que o ministro Mantega quer no câmbio pode ser "exaustivo", e que o governo demonstra desejos contraditórios, confundindo os investidores. O jornal diz que "eles não têm ideia do que estão fazendo"

Mantega e Financial Times

A imprensa internacional volta a apontar seus canhões contra a economia brasileira. Referência no mercado financeiro, o jornal britânico Financial Times – que, há menos de 15 dias, acusou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de praticar o "jeitinho brasileiro" no controle das finanças – afirma agora que "tentar entender o que Mantega quer no câmbio pode ser exaustivo", especialmente quando se trata de seu assunto preferido: "as guerras cambiais".

Num post publicado em seu blog Beyondbrics, a correspondente em São Paulo Samantha Pearson afirma que o fortalecimento do real registrado nesta quarta-feira (30) depois de uma ação do Banco Central para vender dólares aumenta a confusão entre investidores sobre a política cambial brasileira. A análise aponta como "sem sentido" a declaração do ministro de que o câmbio no País se mantém livre desde que mantido "dentro de uma banda apropriada".

A afirmação, segundo o FT, demonstra desejos distintos por parte do governo em relação ao rumo das cotações de câmbio. A declaração foi dada em seguida a uma sinalização de que Mantega era favorável a um real fraco, o que, segundo ele, seria bom para a indústria brasileira. Uma estratégia liderada pelo BC permitiu, no entanto, que o real se fortalecesse nos últimos dias abaixo de R$ 2. Foi daí então que o mercado ficou "completamente confuso", aponta Samantha.

A correspondente conclui que há três possíveis explicações para as intenções do governo brasileiro. A primeira: eles querem uma apreciação gradual do real para conter a inflação, e a advertência de Mantega tinha a intenção de moderar qualquer movimento acentuado como consequência da intervenção do Banco Central. A segunda: o governo decidiu que o real está no nível certo e envia sinais "contraditórios" para estabilizar a moeda. A terceira: "eles não têm ideia do que estão fazendo".

Não é a primeira vez que Mantega está no alvo da mídia europeia ligada à especulação financeira, e recentemente a revista inglesa The Economist teve o desplante de pedir a cabeça do ministro. A resposta de Dilma foi altiva ao ressaltou a soberania nacional. Quem os ministros sou eu, disse ela, com razão. E, ante mais pressões pela queda de Mantega, Dilma deixou claro que a política econômica é dela e de seu governo, sendo Mantega o seu executor.

As pressões por uma inexistente fritura de Mantega crescem, e setores da mídia conservadora e comentaristas ligados à especulação financeira repercutem no Brasil, como ventríiloquos, as bobagens que a imprensa estrangeira do grande capital afirma.

Com portal Brasil 247 e  agências