Genoíno participa da 1ª reunião do ano da bancada do PT na Câmara

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, abriu a primeira reunião do ano da bancada do partido na Câmara, com a presença maciça dos deputados. O deputado José Genoino (SP) foi aplaudido ao ter o nome citado entre os que assumiram o mandato em janeiro, com a saída dos parlamentares eleitos para novos mandatos no Executivo Municipal.

Genoíno na 1a reunião da bancada do PT na Câmara - Andre Borges/Folhapress

Pelos corredores da Casa, Genoino também foi bem recebido por servidores e visitantes. Foi abraçado e ouviu recomendações para que tivesse força.

A reunião foi comandada pelo novo líder da bancada e irmão de Genoino, deputado José Guimarães (CE). Rui Falcão fez um agradecimento público a Genoino e ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que como ex-presidentes do partido, contribuem com sua gestão.

No dia seguinte à confirmação de que a Procuradoria-Geral da República dará seguimento às acusações de suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Ação Penal 470, Rui Falcão, acusou setores do Ministério Público de atuação partidária. Ele referiu-se a "altos funcionários de Estado" que, em conluio com setores da mídia, fazem a "real oposição" ao governo.

"Há setores do Ministério Público que têm tido atuação partidária. Evidente agora com essa manipulação em torno do presidente Lula em uma ação deliberada do setor partidário", afirmou Falcão.

O dirigente do PT elegeu entre os principais objetivos do partido o combate à oposição "sem cara, mas com voz", a oposição extrapartidária. "São esses a quem nomeei aqui que tentam interditar a política no Brasil, ao mesmo tempo, desqualificando a política. Quando desqualificamos a política, a gente abre campo para aventuras golpistas. A gente abre campo para experiências que no passado levaram ao nazismo e ao fascismo, que devemos afastar definitivamente de nosso País", disse. Falcão afirmou que essa oposição não se conforma com o governo de um presidente operário e de uma presidente ex-guerrilheira nem com a "perda dos privilégios em favor da população".

Rui Falcão afirmou ser essa oposição mais forte do que a partidária. "É a oposição extrapartidária que se materializa em declaração de Judith Brito (Maria Judith Brito, vice-presidente da Associação Nacional de Jornais – ANJ). ''Como a oposição não cumpre o seu papel, nós temos de fazê-lo''", afirmou.

Para democratizar o acesso à informação, Falcão disse ser necessária a desconcentração do mercado, a valorização de produção independente, o direito de resposta, entre outros pontos. "Para que a democratização dos meios de comunicação e a liberdade de expressão se ampliem, não pode ter monopólio", pregou. Ele convocou a bancada a lutar pela liberdade de expressão, que "se tornou um direito social, um direito coletivo".

Com informações da Folha de S.Paulo e do Estadão