Nota oficial brasileira trata sobre a redução de tropas no Haiti

O Ministério de Defesa do Brasil reduzirá em junho seu contingente militar na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). O chefe do Estado maior General das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, informou que retirará o batalhão Brabatt 2, destinado à atenção às catástrofes.

Minustah - Minustah

"A saída deste batalhão deverá concluir na primeira semana de junho e o Brasil voltará a contar com um único batalhão na capital Porto Príncipe", destacou a fonte em um comunicado. Neste momento, o país tem 1.910 soldados no território haitiano, mas com a saída do Brabatt 2, o contingente diminuirá até os 1.450 militares.

O coronel Zenedir da Mota Fontoura ficará à frente deste grupo, revela a nota oficial. Ao mesmo tempo em que 460 efetivos retornam ao Brasil, 30 oficiais serão enviados ao Haiti, em junho, para participar de cursos de treinamento e capacitação do pessoal.

A diminuição da presença brasileira ocorre três anos após o terremoto que deixou mais 230 mil mortos em Porto Príncipe, a capital haitiana. O comando militar da Minustah é liderado pelo Brasil, e a missão, sob mandato da ONU (estabelecido pela resolução 1542 do Conselho de Segurança) entrou em funcionamento em junho de 2004.

A Minustah substituiu a Força Multinacional Interina quando o então presidente Bertrand Aristide deixou o Haiti em exílio, após um conflito armado que se espalhou pelo país. Ainda, o terremoto de 2010 que devastou as principais cidades do Haiti (com mais de 220.000 mortos, segundo o governo haitiano) intensificou a crise pela qual o país passava. Por isso, o Conselho de Segurança endossou a sugestão do Secretário Geral da ONU para que a Minustah fosse incrementada, nos esforços por aliviar a situação pós-terremoto.

De acordo com a página oficial da missão da ONU, após as eleições presidenciais de 2011, a Minustah tem trabalhado para cumprir o seu mandato original, para restaurar um ambiente seguro e estável, para promover os processos políticos, fortalecer o governo e as instituições haitianas e as estruturas que façam vigorar a lei, assim como a promoção dos direitos humanos.

Com Prensa Latina