Presidente egípcio descarta formar governo de salvação nacional

A Presidência egípcia recusou a formação de um governo de salvação nacional, uma das exigências de seus opositores para contribuir com um diálogo que resolva a crise deste país.

Entidades islâmicas convocaram para a próxima sexta-feira uma "marcha do milhão de homens" em resposta a protestos opositores nos quais, desde 25 de janeiro, morreram cerca de 40 pessoas e centenas ficaram feridas.

Só faltam dois meses ou menos para as eleições parlamentares e então haverá um verdadeiro governo de salvação nacional que reflita o sentimento das ruas, disse em um comunicado Yasser Ali, porta-voz da presidência.

O texto afirma que no curso deste mês será decidida a data das eleições para a Assembleia Popular, câmara baixa do congresso, vazia desde sua dissolução em junho passado pela junta militar que governou o Egito depois da renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak.

As eleições estarão baseadas na recém promulgada Constituição, aprovada em referendo em dezembro passado e impugnada pela oposição, que a considera favorável à islamização do país.

A negativa do mandatário e a manifestação convocada pelo Partido da Construção e do Desenvolvimento (salafistas) introduzem mais elementos à volátil crise egípcia, marcada por um total desencontro entre o mandatário e seus opositores.

Por outro lado, meios oficiais informaram sobre a morte de outro manifestante, ferido nos violentos protestos do fim de semana diante do Palácio Presidencial, nos quais quase 40 pessoas ficaram feridas.

Fonte: Prensa Latina