Sorrentino: PCdoB-SP – ponto luminoso na trajetória

Foi um grande orgulho para a direção nacional o passo dado pelo Comitê de SP em eleger Orlando Silva Jr novo presidente, em substituição a Nádia Campeão que se licenciou devido às condição de vice-prefeita da cidade.

Por Walter Sorrentino*

Registrei as inúmeras provas superadas pelo PCdoB paulista. A chacina da Lapa em 1976, a derrota política em plena redemocratização em 1986 e, mais recentemente no início da década de 2000, os retrocessos no espaço político duramente conquistado, marcaram a trajetória. À Chacina respondemos com a reorganização e a luta democrática; em 1986, um novo marco foi alcançado na direção estadual, com Olival Freire, baiano, como líder, ao qual sucedi na presidência de 1991 a 2001.

Nádia Campeão liderou a última retomada. De 2004-2006 até hoje, se recuperou espaços, prestígio e influência política, superando os patamares anteriores. Justas foram as homenagens ao trabalho dessa companheira que honra todo o PCdoB no país.

O momento foi de celebrar as retomadas, o empenho dos comunistas em se reerguer a patamares mais altos e maduros.

Por isso, o fato de sábado passado foi um ponto luminoso na trajetória plena de raízes dos comunistas em São Paulo. Isso, mais o alto compromisso e qualidade dos quadros comunistas no Estado, faz do PCdoB de SP um exemplo de unidade laboriosa e vigor.

Orlando Silva Jr, agora, liderará mais um arranque político. Ombreará com a nova geração política ascendente em São Paulo, com o brilho de craque político, respeitado líder entre seus pares e entre as forças políticas, comunista de fibra que enfrentou de cabeça erguida um dos ataques mais ferozes do anticomunismo nativo.

Houvera sido eleito, semana anterior, Jamil Murad presidente municipal. Saúdo esse binômio de Permanência e Renovação, chave da Política de Quadros madura e avançada do PCdoB.

A direção nacional tem plena confiança na direção estadual paulista. Mais que tudo porque ela foi provada na trajetória, que deixa como lição essencial que direção partidária é uma construção coletiva. Hoje cabe a Orlando construir-se como o líder desse processo; mas todo o Comitê Estadual precisa construir Orlando como o vértice da nova direção, construtor permanente da unidade e arrojo dos comunistas paulistas.

Grande é esse exemplo para todo o país: ajustes de direção feitos com perspectiva política, ousadia e maturidade. Isso, ao fim e ao cabo, é uma grande contribuição ao papel nacional do PCdoB na cena política do país.

Parabéns, comunistas de São Paulo.

*Walter Sorrentino é secretario nacional de organização do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)