Trabalhadores do Comperj podem deflagrar greve na sexta

Os trabalhadores das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), projeto da Petrobras, ameaçam entrar em greve na sexta-feira (8). Caso se concretize, será a sexta paralisação realizada no empreendimento desde o início das obras, em 2008. O Comperj será um complexo industrial onde serão produzidos, numa mesma área, derivados de petróleo e produtos petroquímicos de primeira e segunda geração.

Segundo o secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom) Luis Augusto Rodrigues, os trabalhadores, que pertencem ao setor da construção civil, não aceitaram a contraproposta de aumento salarial de 5,5% oferecido pelos dois sindicatos patronais que representam os 24 consórcios envolvidos na obra.

Os trabalhadores exigem 12% de aumento salarial, reajuste do tíquete alimentação de R$ 350 para R$ 450 por mês e o pagamento das horas extras pelo tempo que levam para chegar ao trabalho.

O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC) e fica no município de Itaboraí, no Rio de Janeiro.

A etapa inicial do empreendimento prevê uma refinaria com capacidade para processar 165 mil barris de petróleo por dia, abastecendo o mercado com óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque, GLP (gás de cozinha) e óleo combustível.

A Petrobras foi procurada, mas não comentou. O Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Sindemon), que reúne as empresas participantes dos consórcios, também foi procurado mas nenhum dirigente foi localizado até o fechamento da matéria.

Com Folha de S. Paulo