Congresso comunista francês defende unificação da esquerda

Em um panorama dominado pela crise na zona do euro e pela incerteza sobre o futuro da União Europeia, bem como o aumento do desemprego e a desindustrialização, o grupo político visa propor alternativas às políticas de austeridade implementadas até agora.

"Uma das questões mais importantes no debate dos delegados do encontro, que ocorre até domingo, será aprofundar a estratégia de fortalecimento da Frente de Esquerda", disse Pierre Laurent, secretário nacional do partido.

A Frente foi criada em 2009 com a participação do PCF e do Partido de Esquerda, liderado por Jean-Luc Mélenchon, assim como outras pequenas organizações.

"A renovação do Partido Comunista e crescimento da Frente caminham juntos. Nós insistimos em uma dinâmica de abertura que vá além de nossas próprias forças: sindicatos, associações e membros de outros partidos", disse Laurent.

A campanha presidencial de 2012, onde a frente atingiu 11 por cento dos votos e se estabeleceu como a quarta força política na França, permitiu aumentar o número de filiações entre os jovens do país.

Neste sentido, Laurent diz que se pode falar agora em "um comunismo de nova geração", comprometido com alcançar as mudanças necessárias na sociedade para superar a crise e construir um futuro melhor.

Fundada em 1920, "o partido começou em 2008 um processo de reestruturação que lhe permite chegar a este 36º Congresso com um nível de unidade entre suas fileiras que não se tinha sido conhecido há algum tempo", disse Laurent nesta quinta-feira.

O evento terá lugar no município de Aubervilliers, nos arredores desta capital, com representantes de todo o território metropolitano e dos departamentos ultramarinos.

Espera-se a participação de pelo menos uma centena de delegações estrangeiras, assim como de inúmeros convidados nacionais.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho