Cúpula Islâmica discute Síria e Palestina em seu encerramento

Os delegados da 12ª Cúpula da Organização para a Cooperação Islâmica examinam nesta quinta-feira (7) na cidade do Cairo, capital do Egito, os desafios do mundo muçulmano após debater a crise na Síria e no Mali, temas ausentes da agenda original.

Ontem, os mandatários do Egito, Irã e Turquia celebraram uma pequena reunião na qual concordaram na necessidade de deter o derramamento de sangue na Síria, causada pela ação de grupos armados desde o exterior, que procuram derrubar pela força o governo do presidente Bachar Al-Assad.

Os integrantes da Cúpula estão divididos em relação ao foco do conflito no país árabe, o que fez com que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, recusasse a formulação dos parágrafos dedicados ao tema por considerá-los desequilibrados.

Os acontecimentos no norte de Mali, onde uma força militar francesa combate insurgentes islamistas, também foram abordados e deverão aparecer na Declaração Final, que será difundida nesta quinta no final da tarde.

Durante a sessão, os delegados têm programado prosseguir a análise da crescente fobia ao islamismo em países europeus e nos Estados Unidos.

Tais sentimentos manifestaram-se em setembro com a difusão de um filme com sacrilégios ao profeta Maomé, financiado por judeus estadunidenses, o que provocou uma onda de protestos em países africanos, árabes, asiáticos e europeus resultando na morte de centenas de pessoas e milhares de feridos.

Assim mesmo, a questão da pobreza em 21 dos 56 membros atuais do organismo – a Síria está suspensa desde o ano passado –, estará presente aos debates, conforme a agenda divulgada pelos organizadores.

A situação criada na Palestina pela expansão israelense nos territórios palestinos e o apoio financeiro à Autoridade Nacional Palestina (ANP), ocuparam a atenção na quarta-feira.

Alguns membros da OCI prometeram uma "rede de segurança" de US$ 100 milhões mensais para a ANP, a qual ainda está em vias de materialização.

Fonte: Prensa Latina