Líder Supremo do Irã rechaça negociar com EUA sob pressão

O líder supremo da Revolução Iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, rejeitou nesta quinta (7) estabelecer conversações bilaterais com os Estados Unidos enquanto persistirem as sanções do governo deste país contra a República Islâmica.

"Os norte-americanos querem negociar com o Irã enquanto apontam uma arma para o país", disse Khamenei, em um discurso ante oficiais da Força Aérea no aniversário da incorporação de seus membros à revolução que derrubou o xá Mohammed Reza Pahlavi, em 1979, revelou hoje a emissora PressTV.

Ele considerou que a oferta feita há dias pelo vice-norte-americano, Joe Biden, para iniciar um diálogo sobre o programa nuclear persa é o resultado do fracasso da política dos EUA no Oriente Médio.

"Alguns se regozijam com a oferta de conversações, mas as negociações não vão resolver nada. Eu não sou um diplomata, mas um revolucionário. A política dos EUA no Oriente Médio fracassou e os norte-americanos precisam de um êxito e isso seria levar o Irã para a mesa de negociação", afirmou o líder iraniano, segundo a fonte.

Algumas horas atrás, Washington anunciou a imposição de novas medidas punitivas contra Teerã, no bojo das as sanções econômicas, financeiras e diplomáticas adotadas em conjunto com os países da União Europeia e da Ásia para forçar o Irã a desistir de seu programa nuclear pacífico.

Na semana passada, funcionários persas disseram que as negociações diretas com os Estados Unidos "não são uma linha vermelha", mas demandaram que ocorram em pé de igualdade e sem pressão.

No final deste mês, os delegados do Irã e dos Estados Unidos se verão diante de uma nova rodada de negociações entre Teerã e o grupo 5 +1, programada para ser realizada no Cazaquistão após árduos arranjos para determinar a data e local do diálogo.

O grupo dos 5 +1 é composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Rússia, China, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha -, mais a Alemanha, que não integra esse corpo.

Com agências