Vida cara diminui migração para Brasília
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou, nesta quarta-feira , pesquisa sobre o fluxo migratório entre o DF e os 11 municípios da região metropolitana de Brasília. De acordo com a análise, que levou em conta os censos demográficos de 1991, 2000 e 2010, a vinda de pessoas para morar na capital federal diminuiu nos últimos 20 anos.
Publicado 07/02/2013 09:32 | Editado 04/03/2020 16:40
Embora tenha sofrido redução, o saldo migratório do DF, calculado pela diferença entre o número de pessoas que chegam (imigrantes) e que saem (emigrantes), ainda é positivo. Em 1991, o índice era de 50.028. Em 2010, caiu para 14.172. Os principais destinos de emigração são Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás.
A ida para a periferia se deve, principalmente, ao custo de vida na capital do país. No entanto, apesar de buscarem moradia nas regiões vizinhas, essas pessoas ainda dependem de empregos e serviços públicos oferecidos no DF. "Elas se mudam, mas a perspectiva do mercado de trabalho e a procura por saúde e educação ainda estão aqui", explica o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya.
Além da Área Metropolitana de Brasília, muitos têm se instalado em locais mais distantes de Goiás, como a capital, Goiânia, e Anápolis. "Essa parcela da população tem percebido oportunidades de empregos nesses municípios, onde a atividade industrial cresceu nos últimos 15 anos", alega Júlio Miragaya.
Migração
Entre as pessoas que se mudam para a capital do país, a maioria é de nordestinos. Já os imigrantes dos municípios de Goiás vêm, principalmente, de cidades do Centro-Oeste. Em 2010, cerca de 14 mil pessoas entraram no Distrito Federal, enquanto 62 mil fizeram o movimento contrário.