Catadores de latinha têm apoio do Governo no Carnaval da Bahia

Pelo terceiro ano consecutivo Jorge Santos, 32 anos, cata latinhas no Carnaval de Salvador (BA). Nesses três anos ele participou do projeto EcoFolia Solidária – O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente, que neste ano está apoiando 2.672 catadores de resíduos sólidos no Carnaval da capital baiana.

Catadores de latinha têm apoio do Governo no Carnaval da Bahia - Guilherme Silva

Jorge acredita que com o fardamento oferecido aos catadores, eles têm acesso mais fácil aos lugares para catar as latinhas durante o Carnaval. “Com a identificação a gente se sente mais seguro e protegido”, ressalta.

A ação tem como público alvo o Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia e os catadores avulsos, proporcionando ao público atendido novas possibilidades de comercialização, com chances reais de lucro, durante o Carnaval. A ação também favorece a diminuição do impacto ambiental, com a coleta dos resíduos descartados indevidamente durante a folia.

Para realizar a coleta dos resíduos sólidos com segurança, os trabalhadores recebem o kit contendo calça, camisa, botas, luvas de PVC e protetores auriculares. Eles também recebem alimentação (café da manhã, almoço e janta), além de assessoria técnica e deslocamento do material coletado, que ficam armazenados nas centrais de apoio montadas no Politeama, Barra, Ondina, Largo Dois de Julho e Ladeira da Montanha.

O Projeto recebe o apoio do Governo do Estado, que neste ano investiu cerca de R$1 milhão, sendo R$600 mil por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e R$400 mil pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). O EcoFolia Solidária é executado pela Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir).

O Governo do Estado também disponibilizou uma linha de financiamento especial a cinco cooperativas de catadores. No total, foi financiado R$72 mil, por meio dos programas CrediBahia e CrediSol.

Com a oferta do microcrédito, o governo estadual valoriza o trabalho dos catadores, que durante o Carnaval têm as chances de lucro abreviadas, pois nesse período existe uma demanda maior que a procura, o que reduz o valor dos resíduos sólidos.
Com o empréstimo, é possível comprar o material coletado pelos catadores avulsos, estocar e só vender após o período da festa, quando o valor das latinhas e das garrafas PET aumenta.

Com informações da Setre