Celac deve contribuir para enfrentar hegemonia comunicativa

“A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) deve contribuir com a criação de espaços para marcar sinergias comunicativas que permitam enfrentar a hegemonia dos centros de poder do planeta”. A afirmação foi feita pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez, durante a Segunda Oficina Internacional sobre Redes Sociais e Meios Alternativos realizada em Havana.

Seminário Cuba

Durante o evento, o diplomata chamou atenção para o papel da Celac no âmbito tecnológico e comunicativo, já que, como bloco regional, integra aos 33 países independentes da região.

Rodríguez apontou que a importância das tecnologias de informação e comunicação é tamanha, que no mundo de hoje as guerras não são possíveis sem seu uso, algo que se evidencia nos confrontos armados que correm atualmente.

Acrescentou que para os países latino-americanos e caribenhos, é um enorme desafio "ser capazes de gerar conteúdos e ideias que defendam nossa maneira de ver o mundo e de fazer comunicação".

Por sua vez, a intelectual argentina e jornalista, Stella Calloni, sugeriu que Cuba, na presidência interina da Celac, promova projetos para preparar a pessoas do continente quanto ao uso mais efetivo das ferramentas tecnológicas. “Cuba, com sua provada experiência em uma instituição como Universidade de Ciências Informáticas, pode ajudar o continente a ensinar às pessoas não só no que se refere ao uso das tecnologias, mas na dimensão política delas”.

Diversos participantes do fórum, que reúne mais de 240 delegados de uns 30 países, ressaltaram a importância do fato de Cuba presidir a Celac, com objetivo de impulsionar projetos que contribuam com o avanço da região.

Sobre a questão, Rodríguez considerou que a liderança de Cuba na Celac é “uma reivindicação de toda América Latina, um reconhecimento às figuras de Fidel Castro e Raúl Castro, e uma expressão de quanto a região tem mudado e de quão isolados estão nestes momentos os Estados Unidos”.

Com Prensa Latina