Empresas são suspeitas de fraudar licitações

Para Conselho Administrativo de Defesa Econômica, existem "indícios" de que empresas mantinham "intensa comunicação" para combinar valores e dividir o mercado de tecnologia da informação na capital do país em licitações públicas.

O suposto cartel ocorreria em sete empresas do Distrito Federal, tanto em âmbito local quanto federal; dez executivos estão envolvidos e vão responder a processo administrativo no CADE

Indícios de preços similares em licitações públicas para contratar empresas de tecnologia da informação levantou o sinal amarelo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Por isso, a Superintendência-Geral resolveu abrir um processo administrativo para investigar essa suspeita.

Em nota, o CADE informou que existem "documentos" quem mostram "intensa comunicação" entre os participantes de licitações, e "trocavam informações comerciais sensíveis entre si". A negociação segundo o órgão, serviria para 'adotar estratégias" para direcionar a concorrência pública.

O CADE informou ainda que são empresas públicas no âmbito federal e distrital, mas não detalhou desde quando as irregularidades estariam ocorrendo. Só se sabe que sete empresas e dez executivos estariam envolvidos no suposto cartel.

"Os documentos trazem indícios de que os acusados, logo após a publicação dos editais de licitação, passavam a manter intensa comunicação entre si. Por mensagens eletrônicas, verificavam se a licitação já estava previamente destinada a alguma das empresas participantes do suposto cartel e trocavam informações comerciais sensíveis, como preço, clientes e condições de participação em licitações, a fim de adotar estratégias para o direcionamento do certame. Com isso, garantiriam a suposta divisão do mercado", diz um trecho da nota divulgada pelo CADE.

Os documentos foram enviados pelo Ministério Público do Distrito Federal. Os acusados tem 30 dias para apresentar defesa e depois desse prazo, o assunto vai ser julgado pelo plenário.

As empresas envolvidas são Vertax Redes e Telecomunicações Ltda., Tellus S.A. Informática e Telecomunicações, Rhox Comunicação de Dados Ltda., Netway Datacom Comunicação de Sistemas para Informática Ltda., CDT Comunicação de Dados Ltda., Alsar Tecnologia em Redes Ltda. e Adler Assessoramento Empresarial Ltda.

Os executivos acusados são Wellington da Rocha Mello Júnior, Ronei Souza Machado, Renato Batista de Oliveira, Rômulo Silva Nogueira, Rochely Maria Moura Leal Lima, Paulo de Assis Gomes, Margareth Brixi Tony de Souza, Fábio de Azevedo Montoro, Emílio Timo e Cristiane dos Santos Costa.