MP da Alfabetização na Idade Certa deve ser logo votada 

A Medida Provisória (MP) que cria o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa pode ser uma das primeiras matérias a ser votada no reinício dos trabalhos legislativos. O relator na comissão mista que trata da matéria, senador Eduardo Amorim (PSC-SE), deu parecer favorável à medida. Ele acolheu também cinco das 60 emendas apresentadas ao texto por deputados e senadores.

O Pacto tem o objetivo de promover a alfabetização dos estudantes até os oito anos de idade, no final do terceiro ano do ensino fundamental da educação pública, o que será medido por avaliações periódicas. Para que isso corra, o pacto deverá ampliar o investimento na formação continuada de professores desses três primeiros anos do ensino fundamental.

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Para cumprir o objetivo, o governo promete liberar R$1,1 bilhão já neste ano. O texto prevê apoio da União aos estados, municípios e ao Distrito Federal, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Segundo o presidente da comissão mista, deputado Jesus Rodrigues (PT-PI) o apoio do Ministério da Educação será com assistência técnica. O parlamentar explicou também que não há prazo para o cumprimento do pacto. “Nós vamos estabelecer metas mais de qualificação, metas de trabalho para que nós possamos ter nossas crianças até os oito anos de idade alfabetizadas”, explicou.

Rodrigues acrescentou que o programa não vai combater apenas o analfabetismo funcional. “Serão alfabetizadas no sentido de ler e entender o que está escrito, de ler a carta de um coleguinha a e entender o que aquele coleguinha escreveu pra ele e ter a sua carta entendida", detalhou.

Emendas aceitas

Entre as emendas acolhidas pelo relator, está a emenda de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que inclui a formação continuada em cursos de pós-graduação para alfabetizadores. O relator sugeriu que os cursos apoiados sejam os relacionados à alfabetização e oferecidos por instituições públicas que participarem do pacto.

Outras duas emendas aceitas pelo relator tratam de educação especial. De autoria do deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), uma das emendas aceitas inclui no texto a formação inicial e continuada de professores capacitados para o ensino especial. Já a outra emenda prevê recursos para o material didático para a educação especial.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara