Trabalhadores colombianos exigem indenização a carvoaria dos EUA 

“Queremos que a Drummond seja sancionada por não ter um programa de segurança industrial adequado”, declararam ao diário El espectador, nesta segunda-feira (18); “reivindicamos uma indenização e que a companhia se responsabilize pelos doentes”, agregaram.

A multinacional, com matriz estadunidense, enfrenta sanções e um processo de investigação por dano ecológico e contaminação ambiental da baía de Santa Marta, por ter vertido, em janeiro, cerca de 500 toneladas de carvão ao mar, para evitar que uma de suas barcaças afundasse.

O incidente não foi reportado imediatamente às autoridades ambientais, como está estipulado, mas sim um mês depois, o que impediu que se colocasse em marcha o plano de contingência correspondente.

O presidente da Associação de Trabalhadores Enfermos de Drummond, Aníbal Pérez, afirmou que, de seus dois mil afiliados, 15 padecem de câncer pulmonar. Só em Santa Marta há 800 enfermos com variados sintomas, devido às condições sub-humanas em que trabalham, de acordo com o diário El espectador.

"Temos casos de tendinite, enfermidades respiratórias, dores de coluna vertebral e problemas psiquiátricos, entre outras, e cada dia aparecem mais," ressaltou o diário.

Os afiliados responsabilizam a empresa por essa situação, já que ela não conta com um programa de segurança industrial adequado. Prova disso, argumenta Pérez, é que nos 18 anos de operações da companhia no país, 25 trabalhadores morreram, e se reportaram mais de 8 mil acidentes laborais.

A Associação de Trabalhadores Enfermos de Drummond foi criada em 2010 por um grupo de trabalhadores despedidos após sofrerem algum tipo de acidente laboral, segundo seu presidente. Desde então, as demandas têm sido muitas, e queixas e solicitações tramitam com escassos resultados, completou.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho