China persiste na solução pacífica das disputas territoriais

O governo chinês insiste em garantir os interesses nacionais nas questões relacionadas às disputas territoriais e espera promover uma solução pacífica das divergências por meio de cooperações e diálogo.

A afirmação foi feita nesta quarta-feira (20) pelo vice-diretor do departamento para assuntos marítimos do Ministério das Relações Exteriores da China, Ouyang Yujing.

Através dos esforços de vários anos, a China já demarcou as fronteiras via negociações com 12 dos 14 países vizinhos. No entanto, as disputas sobre direitos marítimos se tornaram foco da diplomacia chinesa nos últimos anos, e atraíram muita atenção da comunidade internacional.

No ano passado, o governo japonês assinou um contrato, reivindicando a "compra" de parte das ilhas Diaoyu e os territórios adjacentes. Em outro caso, navios de guerra das Filipinas assediaram alguns pescadores chineses em uma laguna na ilha Huangyan, no Mar do Sul da China.

Os dois casos agravaram ainda mais as contradições das disputas territoriais marítimas entre a China e esses países vizinhos.

No último dia 22 de janeiro, o governo filipino entregou unilateralmente à arbitragem internacional as divergências sobre o Mar do Sul da China. Ouyang Yujing declarou que a soberania territorial chinesa sobre a ilha Huangyan é indiscutível.

Quaisquer países e organizações que queiram se envolver na questão territorial e nos direitos marítimos devem seguir as regras de procedimento. Ações unilaterais não ajudam nada na solução do problema.

"É irracional o pedido de arbitragem internacional feito pelo governo filipino para resolver a disputa da ilha Huangyan. A ação prejudica as relações bilaterais e também viola princípios importantes da Declaração de Conduta das Partes Envolvidas no Mar do Sul da China."

Na década de oitenta, o ex-líder chinês, já falecido, Deng Xiaoping, destacou que os países envolvidos nas disputas das ilhas Diaoyu e do Mar do sul da China deviam deixar de lado as divergências e buscar uma exploração em conjunto. Ao falar desta concepção, Ouyang Yujing deu sua explicação.

"Este conceito quer dizer que os envolvidos nas questões territoriais devem deixar de lado as contradições e buscar primeiro um benefício recíproco para o crescimento econômico, garantindo a soberania e os interesses marítimos do país. Sendo uma política de transição, a concepção corresponde às estipulações da Lei Internacional. "

Segundo Ouyang Yujing, o governo chinês se opõe às atividades não autorizadas de exploração de petróleo e gás, realizadas por outros países nas áreas marítimas da China. No entanto, as autoridades chinesas querem reforçar a cooperação internacional na exploração dos recursos naturais.

"Atualmente, enfrentamos algumas dificuldades na exploração em conjunto dos recursos do Mar do Sul da China. Porém, estou confiante que podemos buscar uma solução para o problema no futuro, a fim de beneficiar a prosperidade da região."

Fonte: Rádio Internacional da China