Empresa dos EUA acusa China de ciberataques "sem base nos fatos"

O porta-voz do exército chinês disse nesta quarta-feira (20) que as forças armadas do país nunca promoveram qualquer atividade de hackers, denunciando que um relatório publicado pela companhia norte-americana de cibersegurança Mandiant não tem base nos fatos. 

Porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Geng Yansheng - Xinhua

A Mandiant divulgou nesta segunda-feira (18) um relatório que concluía que uma unidade militar chinesa secreta em Shanghai estaria realizando ataques cibernéticos contra empresas dos Estados Unidos há muitos anos.

Porém, as leis chinesas proíbem quaisquer atividades que prejudiquem a cibersegurança, e o governo chinês sempre combateu os crimes da internet, disse Geng Yansheng, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, durante uma coletiva à imprensa.

O porta-voz disse que o relatório da Mandiant é infundado porque o chegou à conclusão de que a fonte dos ataques está na China apenas porque os IP dos ataques são baseados no país.

É um método comum na internet realizar ataques através de endereços de IP falsificados, indicou o porta-voz, e "isso acontece quase todos os dias", continuou.

Não existe uma definição clara e consistente sobre ciberataques no mundo. "O relatório carece de base legal ao afirmar que há atividades de espionagem cibernética baseando-se apenas em algumas atividades de rotina na internet," disse Geng.

Os ciberataques são transnacionais, anônimos e enganosos, já que sua fonte é normalmente difícil de ser identificada. "A divulgação de informações irresponsáveis não ajudam a resolver os problemas," afirmou. 

Fonte: Xinhua e CRI