Parlamentares querem fim de conflitos com brasileiros na Bolívia 

A presidenta da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), e o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), deputado Domingos Dutra (PT-MA), receberam na manhã desta quarta-feira (20), em Brasília, deputados federais, estaduais e senadores do Acre para discutir com representante do Ministério das Relações Exteriores e OAB-Acre o agravamento da situação dos brasileiros que residem na Bolívia. 

Parlamentares querem fim de conflito com brasileiros na Bolívia - Richard Silva

 Na reunião, os parlamentares acreanos relataram que nos últimos anos têm sido recorrentes relatos e denúncias de xenofobia praticada por agentes do governo e pela polícia boliviana contra brasileiros, em especial os 17 mil estudantes e os 172 presos que cumprem penas em presídios bolivianos. O problema atinge também os proprietários de terras e comerciantes. As denúncias envolvem ainda desrespeito aos direitos humanos.

Perpétua Almeida sugeriu que o Itamaraty seja o mediador nos conflitos entre as cidades fronteiriças, mas que aplique a regra da reciprocidade. “A situação na fronteira está se agravando a cada dia. O Brasil precisa endurecer”, sugeriu.

Na avaliação do presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Elson Santiago (PEN), reafirmou as palavras da deputada perpétua, exigindo que o governo brasileiro adote ações concretas e urgentes para evitar que a situação na fronteira se agrave. O deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB) fez coro a palavras dos colegas parlamentares. Segundo ele, “são vergonhosas as ações do governo boliviano para combater os conflitos. O Brasil precisa agir e controlar essa situação”.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleac, deputado Walter Prado (PEN), disse que recebeu denúncias de famílias que relatam a forma oficial de tortura imposta pelos bolivianos aos presos brasileiros. "Tenho informações e depoimentos de que eles mantêm um sistema de tortura de salgar a alimentação destinada aos brasileiros no sentido de destruir o organismo."

Da Redação em Brasília