Analistas reduzem estimativa da inflação; PIB tem leve alta

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar ao final deste ano em 5,69%. Essa é a nova estimativa de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC).

A projeção passa por pequenos ajustes há duas semanas seguidas. Na pesquisa divulgada na segunda-feira passada (18), a estimativa era 5,70%, contra 5,71% previstos no período anterior. Para 2014, permanece a projeção de 5,5%, há 15 semanas.

As estimativas continuam distantes do centro da meta de inflação, de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%. É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.

Um dos instrumentos usados pelo BC para influenciar a atividade econômica e calibrar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Para as instituições financeiras, em 2013, essa taxa deve permanecer no atual patamar (7,25% ao ano). Para 2014, a expectativa é que o BC eleve a taxa, que deve encerrar o período em 8,25% ao ano.

A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 5,32% para 5,30%, neste ano, e de 4,95% para 5%, em 2014.

A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 5,18% para 5,17%, este ano, e mantida em 5%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 5,21% para 5,20%, em 2013, e continua em 5,20%, no próximo ano.

Crescimento da economia

Os analistas consultados pelo BC também ajustaram levemente para cima a projeção para o crescimento da economia neste ano e reduziram a estimativa para 2014.

A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi ajustada de 3,08% para 3,1%, em 2013, e de 3,65% para 3,6%, no próximo ano.

A estimativa para a expansão da produção industrial passou de 3% para 3,1%, este ano, e segue em 3,5%, em 2014.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 34,5%, neste ano, e ajustada de 33,1% para 33,2%, no próximo ano.

A expectativa para a cotação do dólar passou de R$ 2,02 para R$ 2, ao final deste ano, e permanece em R$ 2,05, ao fim de 2014.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) segue em US$ 15,2 bilhões, este ano, e em US$ 15,6 bilhões, em 2014.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi alterada de US$ 62,65 bilhões para US$ 63,1 bilhões, neste ano, e de US$ 68,73 bilhões para US$ 68,35 bilhões, em 2014.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.

Fonte: Agência Brasil