“A outra história do mensalão” será lançado hoje em Brasília  

De autoria do jornalista Paulo Moreira Leite, o livro “A outra história do mensalão – As contradições de julgamento político” ingressou, em poucos dias, nas listas dos mais vendidos do País e serve de contraponto à posição quase unânime da grande mídia, de acusar os réus e pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação sumária dos mesmos. O livro será lançado nesta quarta-feira (6), a partir das 19 horas, no Bar Brahma, na 201 Sul, em Brasília (DF).

A “contranarrativa” – como muitos consideram o livro – ao discurso oficialista do Supremo Tribunal Federal e ao tom quase unanimemente condenatório da grande imprensa já aparece nas listas de mais vendidos do portal Publish News, especializado no mercado editorial, da livraria Cultura e da revista Veja, veículo que foi um dos mais agressivos na cobertura midiática do julgamento.

A obra tem prefácio do articulista Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo, e reúne artigos do autor publicados em sua coluna no site da revista Época, além de alguns textos inéditos, sobre o processo da ação penal 470, o chamado “mensalão”.

Na opinião do jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record e do blog Conversa Afiada, o livro do seu xará expõe as contradições e falhas do STF. “O Paulo Moreira Leite desmistificou o Supremo, retirou a sua aura de infalibilidade e de imparcialidade, mostrou que foi uma decisão injusta, partidária, que partiu de premissas falsas. O Supremo condenou sem provas e criou uma legitimidade baseada em doutrinas falsificadas e adaptadas de forma canhestra e o livro mostra toda a fragilidade da decisão”, criticou Amorim.

O fato de o livro ter sido escrito por um jornalista do grupo Globo, cujos veículos – juntamente com quase todo o restante da mídia comercial – cobriram o julgamento numa perspectiva puramente condenatória, sem se importar com os autos ou com as argumentações da defesa ou mesmo com as incoerências da acusação e dos ministros do STF, reforça a sua credibilidade, já que o autor comprovou a independência do seu pensamento.

Da Redação em Brasília
Com agências