Partido admite rever eleição do pastor na presidência da CDH

Diante dos insistentes e crescentes protestos contra a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara, o líder do PSC, André Moura (SE), afirmou, nesta terça-feira (12), em São Paulo, que irá avaliar a possibilidade de reabrir a discussão do assunto na bancada, lembrando que mesmo o partido tem posições políticas definidas, existem repercussões em todo o país que não devem ser desconsideradas pelo partido.

Às inúmeras manifestações em espaços públicos, somam-se notas de entidades, inclusive religiosas, e personalidades que pedem a saída do parlamentar do posto ao qual foi eleito na última quinta-feira (7).

O líder do PSC disse que estranha a “reação de grupos ligados a partidos políticos da própria base do governo, através das redes sociais, e de manifestações de rua, que tentam impedir a permanência do deputado Feliciano no cargo”. Para Moura, a discussão saiu totalmente do campo político e se transformou numa batalha de interesses contrariados.

“Sinto que é preciso dialogar. Temos plena confiança que o deputado Feliciano desempenhará o cargo com eficiência e respeito a todas as correntes de opinião. Contudo, a Câmara dos Deputados e o PSC precisam estar em sintonia com o sentimento da sociedade brasileira”.

Outro nome

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu a saída do deputado Pastor Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Segundo ele, parlamentares petistas estão conversando com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que eles convençam o PSC a indicar outro nome.

“Nós não esperávamos que o PSC fosse indicar um fundamentalista. Isso está gerando muitos protestos na sociedade. Espero que o Congresso possa reconsiderar e convencer o PSC a indicar outro nome”, disse Rui Falcão.

Da Redação em Brasília
Com agências