Vanessa Grazziotin rebate oposição e defende gestão da Petrobras

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu nesta segunda-feira (11) a gestão de Graça Foster à frente da Petrobras. A senadora classificou de “ataques levianos” as críticas da oposição à direção da empresa e relatou o encontro que teve pela manhã com a presidente da Petrobras, no Rio de Janeiro, juntamente com Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Lembrando que Graça Foster comparecerá à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para debater a situação da empresa com os parlamentares, Vanessa Grazziotin apresentou números para responder às críticas da oposição, que por sua vez aponta o declínio da Petrobras, com queda de 36% no lucro no ano passado, diminuição de 2% na produção e aumento de 110% no custo da extração de petróleo entre 2006 e 2012, além de 700% na dívida líquida da empresa e da queda de 14% das ações no ano passado.

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"Desde 2002, o lucro líquido da Companhia cresceu 161%, saindo de pouco mais de R$ 8 bilhões para mais de R$ 21 bilhões, em 2012. A geração de caixa operacional triplicou nesse último período, passando de R$ 18 bilhões para mais de R$ 53 bilhões. Do lado operacional, a produção de óleo e gás natural no Brasil cresceu 34% nesse período, saindo de 1.752 barris por dia, em 2002, para 2.355 barris por dia em 2012. Considerando apenas a produção de óleo, o crescimento foi de 32%, enquanto a produção de gás cresceu 49%", enumerou a parlamentar comunista. Vanessa lembrou ainda que as reservas subiram de 11 bilhões de barris para 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente.

A parlamentar também elogiou a competência de Graça Foster e acusou o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) de tentar privatizar a Petrobras. E apontou para o aumento recente da demanda de petróleo e gás no país, lembrando ainda que o impacto cambial sobre a dívida dolarizada e a menor geração de caixa operacional levaram ao crescimento do endividamento líquido.

"Sobre os trabalhadores que investiram nas ações da empresa, a Petrobras destaca que, desde 2002 até fevereiro deste ano, o ganho foi de 265%, contra 82% do rendimento do FGTS", afirmou a senadora.

Vanessa também comparou a situação da empresa brasileira com companhias estrangeiras. Ela observou que, se a Petrobras teve queda no lucro líquido em 2012, as petrolíferas estrangeiras registram dados piores ou equivalentes, como a British Petroleum (-55%), a ConocoPhillips (-32%), a Total (-20%), a Statoil (-14%) e a Chevron (-3%). No caso da produção de petróleo, a senadora asseverou que tais empresas estrangeiras também tiveram redução: a Exxon Mobil (-6%), a British Petroleum (-5%), a Chevron (-5%) e a Shell (-2%).

Informações da Agência Senado