Síria denuncia que terroristas estão usando armas químicas

O governo da Síria acusou nesta terça-feira (19) os bandos armados e terroristas que conspiram para derrubar o presidente Bashar al-Assad de terem empregado armas químicas, causando a morte de pelo menos 15 pessoas na província nortista de Alepo.

Grupos terroristas lançaram um míssil com uma ogiva química na região de Khan al-Assal, em Alepo, o que causou a morte de 15 cidadãos, em sua maioria civis, informou a agência de notícias Sana, sem revelar outros detalhes.

Esta foi a segunda vez que as autoridades do país denunciam o uso de armas químicas pelos mercenários e bandos armados.

Em meados de dezembro, um comandante da Guarda Presidencial síria denunciou que pelo menos sete soldados morreram ao inalar um gás tóxico de cor amarela que emanou de armas químicas usadas por terroristas durante um ataque a Daraya, localidade situada a sudoeste da capital.

Há meses, governos ocidentais iniciaram uma campanha midiática internacional alegando que o governo sírio eventualmente utilizaria armamento quiímico contra a população do país, o que serviu para aumentar as ameaças contra a nação árabe e aquecer ainda mais o conflito.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e governos europeus ameaçaram Damasco e advertiram que o país estaria cruzando uma "linha vermelha" que teria "consequências", se armas químicas fossem empregadas contra a população.

A Síria desmentiu tais informações e asseverou que não possui tal armamento e que no caso de contar com ele, jamais o utilizaria contra civis.

O embaixador da Síria nas Nações Unidas, Bashar Ja'afari denunciou em 17 de dezembro passado a possibilidade de que nações estrangeiras repassem armas químicas para os grupos de mercenários e terroristas que combatem o governo e depois afirmassem que foi o governo que teria feito uso delas.

O diplomata fez referência naquele momento a um vídeo perturbador publicado na rede social YouTube, que mostrou um grupo de mercenários testando gases letais em coelhos e ameaçando utilizar os gases contra a população que apoia o governo do país.

Fonte: Granma