Equador comemora participação de mulheres na Assembleia 

Quando começaram a chegar à capital equatoriana Quito nesta quarta-feira (20) os 1.200 delegados para a 128º Assembleia da União Interparlamentar Mundial (UIP), o Equador mostrou com orgulho que 38% dos novos parlamentares eleitos em 17 de fevereiro são mulheres. 

Ministra equatoriana Betty Tola - La Hora (Equador)

A Assembleia Nacional do Equador, a partir do próximo 14 de maio, terá mais de um terço de legisladoras, o que é considerado pelo governante Movimento Aliança PAIS como uma grande notícia, assim como o fato de que quase 100 dos 137 assentos foram ganhos por esta força política.

As listas de candidatos da Aliança PAIS, tanto para parlamentares nacionais como na maioria das províncias, cantões e bairros estiveram encabeçadas por corajosas mulheres equatorianas, ainda que suas lideranças considerem que falta muito por avançar na participação política feminina.

A ministra da Coordenação da Política e Governos Autônomos Descentralizados, Betty Tola, ressaltou que o Equador atravessa uma época de mudanças culturais importantes, ao assinalar que as mulheres têm agora maior representação em instâncias como o governo Nacional e a Assembleia.

Betty também destacou os resultados da luta constante contra a violência de gênero e pediu o avanço para que a mulher equatoriana tenha o lugar que merece na política, na economia e na sociedade equatoriana.

"Sem dúvida inauguraremos um período legislativo neste 14 de maio com quase 39% de representação de mulheres, isto significa um passo bastante à frente com respeito ao que foram as instâncias anteriores", agregou.

Inclusive, precisou, a representação das mulheres é maior do que a da própria Assembleia que está terminando suas funções no dia 13 de maio.

Betty deu declarações a uma rádio local, e disse que a representação das mulheres no Gabinete de Governo, onde ocupam importantes carteiras como Defesa e o manejo da Política Econômica, e têm ampla representações no gabinete.

Desde o ano 2007, comentou, o Governo impulsiona um Plano Nacional de Erradicação da violência contra as Mulheres, que contemplam o apoio psicológico e jurídico a quem sofre este problema, além de promover mudanças culturais mediante meios de comunicação.

"Entretanto, com todo este trabalho que temos tido, ainda temos índices sumamente graves: seis de cada 10 mulheres, segundo estatísticas do ano anterior, sofrem violência de gênero", disse Betty, que qualificou o fato de “bastante preocupante.”

Cerca de 30% dos lares equatorianos são dirigidos por uma mulher; 35% das chefes de família trabalham por conta própria; 27% são funcionárias de empresas privadas; e 13% trabalham no Estado, segundo cifras oficiais.
 
Com Prensa Latina