Otan não desmente que planeja lançar ofensiva contra a Síria

O cehfe do comando supremo do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) na Europa revelou na terça-feira (19) que a aliança poderá lançar uma operação militar na Síria, assim como a que fez contra a Líbia.

Ao intervir diante do Comitê das Forças Armadas do Senado, o almirante James Stavridis disse que a Otan considera "um amplo leque de operações", entre as quais o estabelecimento de uma área de "exclusão aérea" sobre a Síria, com ajuda das baterias de mísseis Patriot instaladas na Turquia.

O comandante estadunidense explicou que o pacto "decidiu que seguiria a mesma sequência que na Líbia", em 2011.

Nessa linha, lembrou que a intervenção na Líbia foi precedida por uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um acordo regional e um acordo entre os 28 países membros da Otan.

Há quatro dias, o diário Los Angeles Times anunciou que a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos está considerando um plano de contingência secreto para expandir os ataques de aviões por controle remoto (drones) na Síria.

No último mês de julho, a Rússia se posicionou contra o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Síria e reiterou sua oposição à tentativa de fazer com que o povo sírio passe pela mesma situação vivida pela Líbia em 2011.

Moscou declarou que as propostas feitas pelos Estados Unidos e seus aliados, como a criação de "corredores humanitários" e zonas de segurança são improdutivas e não recebem o apoio das organizações que trabalham na Síria.

Desde meados de março de 2011 a Síria é cenário de distúrbios provocados por grupos terroristas, patrocinados pelo exterior, que desejam limpar o caminho para uma ingerência externa que destrua a estabilidade e a integridade do país árabe.

Fonte: HispanTV