Avós da Praça de Maio: Papa nunca falou de nossos desaparecidos
“Sempre quisemos falar com ele. Esperávamos que nos convocasse como máximo expoente de nossa igreja na Argentina, mas nunca nos chamou”, declarou a titular das Avós da Praça de Maio, Estela Carlotto, durante o ato multitudinário na Praça da Paz para lembrar os 37 anos do golpe militar na Argentina.
Publicado 25/03/2013 17:13

Estela disse estar magoada por não éter recebido um convite ao diálogo por parte de Jorge Bergoglio durante seus anos de presidente da Conferência Episcopal Argentina e pediu que “reverta esta situação”. A titular das avós desejou que “quando o Papa vier à Argentina ou antes, podemos viajar, conversar e nos dar a mão que nunca nos demos”.
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“Temos confiança nele. Desejamos o melhor, que o Espírito Santo o ilumine e seja o papa que o mundo espera que ele seja, e esperamos também que faça um gesto por este tema e esperamos ser recebidas por ele”, acrescentou Carlotto.
Justiça
A respeito da marcha realizada neste domingo (24), Estella destacou a presença de “tantos jovens e famílias”, do ex-juiz espanhol, Baltasar Garzón, “que marchou ao lado de todos” e, em especial, marcou a presença dos magistrados e representantes da justiça “junto aos quais estamos tratando de modificar a constituição do poder judicial”.
Neste marco, disse que “há gente dentro do poder judicial que ainda responde a este passado de terror, posterga causas e coloca travas para que as coisas não sejam resolvidas em tempo”.
Da Redação do Vermelho,
com Página/12