Cristina: o aniversário que argentinos não gostariam de ter

No aniversário do golpe de Estado de 1976, a presidenta Cristina Fernández de Kirchner lembrou, por meio de sua conta no twitter do dia da Memódia. “24 de março, um aniversário que os argentinos não gostaríamos de ter, mas que temos a obrigação de recordar”. A presidenta reforçou ainda que se trata de “uma lembrança que não é patrimônio de nenhum setor político da Argentina”.

marcha argentina

“Entendamos que esta é uma data da democracia, que tanto custou recuperar e devemos garantir: o que aconteceu não foi por casualidade”, e acrescentou que “quando se atenta contra a democracia, se atenta contra a forma de vida em que queremos viver todos os argentinos”.

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A presidenta publicou 20 mensagens no Twitter, seguidas por suas impressões sobre o dia. “O objetivo do golpe não era apenas um país sem indústrias, um país onde somente o capital financeiro mandava, era também instalar em cada um dos argentinos que não valia a pena se ocupar do outro porque se te ocupavas do outro, poderia acontecer algo com você”, refletiu a presidenta.

“Queremos que haja justiça, queremos que realmente haja uma recuperação fortíssima da memória”, e prometia deixar “tudo para conseguir um país mais equitativo, com inclusão social, lutando contra o desemprego, a injustiça”. E encerrou seus comentários com uma frase de Kirchner: “Não é o rancor nem o ódio o que nos guia e me guia, é a justiça e a luta contra a impunidade”.

Por meio de seu canal no YouTube, Cristina fez ainda um vídeo em que homenageia, na figura de Carlotto, as mães, as avós, os filhos e os familiares dos desaparecidos durante a última ditadura. “Quero homenagear na figura de Estella todos aqueles que durante mais de 30 anos não reclamaram vingança mas simplesmente justiça e aplicação da lei”. O vídeo encerra com o texto: “hoje mais do que nunca seguimos buscando-os. 24 de março, Dia da Memória pela Verdade e a Justiça”.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva