Deputado impede acesso de manifestantes às reuniões da CDH 

O deputado pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) impediu a presença dos manifestantes na reunião ordinária na tarde desta quarta-feira (3) na Comissão de Direitos Humanos (CDH). Após várias tentativas de entrar no plenário da comissão, os manifestantes do movimento LGBT foram recebidos pela presidente da Comissão de Cultura, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), na audiência que ocorria com a ministra da Cultura, Marta Suplicy, no plenário ao lado.

Deputado impede acesso de manifestantes às reuniões da CDH - Agência Câmara

“Permiti a entrada do grupo que luta pela diversidade, pela liberdade de expressão, já que estão sendo impedidos de entrar na Comissão de Direitos Humanos”, disse Jandira.

Ao longo da tarde, houve nova manifestação pela saída do deputado Pastor Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos, como vem ocorrendo todas as semanas desde o dia 7 de março quando ele foi escolhido para o cargo. Os representantes do movimento LGBT acusam o pastor de fazer declarações homofóbicas e racistas.

Depois de protestarem sem sucesso para ter acesso ao Plenário em que a Comissão de Direitos Humanos realizava sua primeira reunião ordinária, manifestantes foram buscar acessos alternativos à sala de reuniões, mas acabaram barrados por seguranças.

O grupo tentou ainda ter acesso ao Plenário da Câmara, mas foram impedidos antes mesmo de chegar ao Salão Verde. Seguranças fecharam as portas do corredor que liga o anexo em que funcionam as comissões ao edifício principal, onde está o Plenário da Casa. Os manifestantes deitaram no espaço que dá acesso ao corredor. Em seguida, o grupo quis retornar para a porta do Plenário onde a comissão reunida, mas teve o acesso impedido.

Para evitar novas manifestações, o deputado Pastor Marco Feliciano apresentou requerimento para que todas as reuniões da comissão sejam restritas aos parlamentares, servidores e à imprensa. A iniciativa do presidente do colegiado foi aprovada na comissão. Ele argumentou que a restrição ao acesso é a única maneira de dar prosseguimento aos trabalhos.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara