Nilton Vasconcelos defende viabilidade econômica da Fonte Nova

O secretário estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, fala sobre a mudança do nome da Arena Fonte Nova, que passou a se chamar Itaipava Arena Fonte Nova, em referência à cervejaria Itaipava que comprou os direitos do estádio. Em um artigo intitulado “A Arena Fonte Nova”, Vasconcelos defende a nova denominação como uma forma de dar viabilidade econômica ao novo equipamento.

A Arena Fonte Nova

Por Nilton Vasconcelos*

Muita polêmica tem envolvido a Fonte Nova desde o início do seu processo de revitalização. Mais recentemente, surgiu questionamento quanto à estratégia de comercialização do direito à denominação.

É preciso ter claro que a Arena Fonte Nova é um equipamento público sob administração privada, uma concessão. Neste sentido, compete à Fonte Nova Negócios e Participações as medidas necessárias à administração do novo equipamento, incluindo espaços para comercialização de alimentos e bebidas, de publicidade, de ingressos, dos estacionamentos, a locação de camarotes e de outras dependências. Também deverá firmar acordos e contratos que garantam uma intensa oferta de eventos.

Adicionalmente, a cessão de direitos internacionalmente conhecida como "naming rights tem se constituído em receita relevante. A adoção da estratégia de "direito de nomeação", em tradução direta, no caso da Fonte Nova, envolve particularidades. Trata-se de um equipamento tradicional que conviveu, ao longo de 60 anos, com uma dupla designação. Agora, manteve-se o nome de "Governador Octávio Mangabeira" ao complexo esportivo-cultural que ali se constrói com a já edificada Arena Fonte Nova.

Medidas que têm por objetivo alcançar, por meio da Parceria Público-Privada, a viabilidade econômica da nova praça esportiva e cultural. Manter um estádio em funcionamento é caro. Tradicionalmente, os estados assumiam este custo e nem sempre faziam as melhorias que se impunham. Na Bahia, aprendeu-se isto de forma dramática.

Uma das maiores preocupações com as arenas é a sua destinação no pós-copa, inclusive sua plena utilização. No contrato de concessão de PPP para a operação da arena, adotamos providências para afastar a ideia de que a Fonte Nova possa se transformar em elefante-branco.

O contrato prevê mecanismos de fiscalização da operação, o que exige a boa qualidade do serviço prestado, caso contrário implicará na redução da contraprestação a ser paga. Da mesma forma, os ganhos com uma operação eficiente e sustentável economicamente serão compartilhados com o estado.

*Nilton Vasconcelos, Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte