Três famílias aceitam deixar suas casas no Horto, no Rio

Finalmentes três famílias que vivem na comunidade do Horto, no bairro Jardim Botânico, na cidade do Rio de Janeiro, aceitaram deixar o local e vão se mudar para casas em outros setores da cidade.

A decisão foi tomada após reunião entre representantes das comissões de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação de Moradores e Amigos do Horto (Amahor), da Secretaria de Patrimônio da União e do Jardim Botânico.

As famílias serão realocadas em três residências: uma na Rua Conde de Itaboraí, na Tijuca, Zona Norte do Rio, e outras duas na Rua República do Líbano, no Centro. Membros da comunidade foram até as casas e deram o aval para a mudança. Caminhões de mudança já foram enviados ao local para transportar os bens das famílias até os novos endereços.

O deputado federal Edson Santos (PT-RJ), que tem familiares no local, criticou a decisão da Justiça de retirar as famílias imediatamente: "É um atropelo. A juíza não levou em consideração o pedido da Secretaria de Patrimônio da União, que recomendava um prazo de 90 a 120 dias para que as pessoas saíssem do Horto", disparou. Edson Santos é irmão da presidente da Amahor, Emília Maria de Souza.

Segundo dia

Os moradores resistiram pelo segundo dia seguido à ordem judicial de despejo de quatro famílias. O acesso às casas tinha sido bloqueado com uma barricada de galhos, madeiras e arame farpado. No total, 620 casas foram construídas na área ao longo dos últimos oitenta anos.

A União pede a reintegração de posse de parte desses imóveis para devolver ao Jardim Botânico, que deseja utilizar a área para fins de expansão.

Com informações do Jornal do Brasil (RJ) e Agência Brasil