Chile: trabalhadores do cobre convocam greve geral nesta terça

“Nossas demandas são as demandas do Chile”, expressou o presidente da FTC, Raimundo Espinoza, que explicou que a paralização das atividades se estenderá por 24 horas. A medida afetará todas as divisões da Corporação Nacional do Cobre (Codelco), inclusive a matriz.“Esperamos respostas concretas por parte da Codelco para as petições que temos”, disse Espinoza.

As petições passam pela exigência de pensões dignas, uma nova política mineira nacional de renacionalização que repercute o cobre e o lítio, o fim dos abusos e o maltrato trabalhista, mediante a elaboração de um novo Código de Trabalho, a fiscalização eficaz da legislação trabalhista e preventiva, em especial, a lei de subcontratação e o fim dos acidentes trabalhistas, explicou.

Os trabalhadores também se opõem às medidas de ajuste tomadas pelas novas autoridades da estatal para aumentar de custos e uma perda da competitividade contra as mineiras privadas.

“Se nós não capazes de mobilizar e colocar resolver os problemas que temos, indiscutivelmente a empresa vai continuar na situação que está e isso não é bom para o país, não é bom para os trabalhadores e não é bom para o mundo sindical”, enfatizou o titular da federação de trabalhadores do cobre.

O setor privado, os investidores e as transnacionais “tem que saber que no Chile eles têm que entender-se com os trabalhadores e que as mudanças se fazem com eles não contra”, disse. Os sindicatos participantes na mobilização que ocorrerá nesta terça-feira representam cerca de 25 mil trabalhadores da Codelco e as principais mineradoras privadas.

Com uma produção de cerca de 5,6 milhões de toneladas por ano, equivalente a um terço da produção mundial, o Chile é o principal produtor mundial de cobre. A mineradora estatal é a maior produtora mundial de cobre, com cerca de 1,6 milhões de toneladas por ano, equivalente a 10% da oferta mundial.

Fonte: TeleSur