Para Via Campesina, Venezuela cria “novo sistema econômico”

O membro da coordenação geral da Via Campesina, o indonésio Henry Saragih, está em Caracas para prestar solidariedade ao presidente e candidato à reeleição Nicolás Maduro. Para ele, o governo liderado por Chávez e, consequentemente por Maduro, está construindo um “novo sistema econômico” a partir da reforma agrária, da implantação da agroecologia e do respeito aos recursos naturais.

Por Jonatas Campos*, de Caracas

Coordenador Via Campesina

O membro da coordenação geral da Via Campesina, o indonésio Henry Saragih, está em Caracas para prestar solidariedade ao presidente e candidato à reeleição Nicolás Maduro. Para ele, o governo liderado por Chávez e, consequentemente por Maduro, está construindo um “novo sistema econômico” a partir da reforma agrária, da implantação da agroecologia e do respeito aos recursos naturais.

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“O governo de Chávez e Maduro vai construir um novo sistema econômico baseado na preservação dos recursos naturais e da agricultura para o povo. Vemos que agora já há progresso. Ainda não houve uma mudança total, mas temos esperança no que está acontecendo aqui”, afirmou o dirigente ao Comunicasul.

“Vim para cá dar suporte e solidariedade aos movimentos populares da Venezuela e da América Latina e apoiar ao presidente Maduro, por tudo que esse tempo de governo Chávez fez pela agroecologia, pela reforma agrária e pelos movimentos campesinos”, disse o dirigente.

Para Saragih, a experiência do atual presidente como chanceler pode ajudar movimentos sociais a ter voz em organismos internacionais. “Para nós, sob a presidência de Maduro, poderemos alcançar novas conquistas com sua liderança em espaços como o movimento dos países não-alinhados, Conselho de Segurança das Nações Unidas e em outros espaços internacionais porque essa será uma maneira de dar voz aos movimentos campesinos”, afirmou.

Saragih também fez duras críticas à atuação de Organizações Não-Governamentais internacionais, afirmando que sua “genesis” é o financiamento pelas empresas dos países industrializados. ”Eles fazem movimentos para manter a atual política econômica mundial”, criticou.

A Via Campesina é um movimento internacional que compreende mais de 150 organizações do campo em 70 países na África, Ásia, Europa e Américas. No Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra é membro.

*Jonatas Campos é jornalista do Brasil de Fato e integra, em Caracas, o coletivo ComunicaSul de comunicação colaborativa