Feliciano não aceita renunciar ao cargo de Presidente da CDH

O deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) não aceitou renunciar à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara após se reunir com os líderes partidários na manhã desta terça-feira (9). Desde que foi eleito no dia 7 de março, o Pastor sofre pressão dos movimentos sociais e de parlamentares ligados aos direitos humanos para renunciar, acusado de declarações racistas e homofóbicas. Feliciano deixou a reunião sem falar com a imprensa.

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), afirmou que grande parte dos líderes da Câmara pediu a renúncia do deputado. Para o parlamentar, “isso é um desrespeito, pois ele é uma pessoa incompatível com o cargo. Ele somente insiste porque lucra econômica e politicamente com isso”, afirmou Valente.

Além das declarações polêmicas contra homossexuais e negros feitas no passado, o presidente da CDH acirrou ainda mais os ânimos contra ele ao proibir o acesso do público ao plenário de reuniões da comissão, na semana passada.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (8), um pedido formal para que todas as reuniões da Comissão de Direitos Humanos da Câmara voltem a ser abertas ao público. Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, as reuniões fechadas na Câmara representam a volta do "obscurantismo" e agridem a ordem jurídica nacional.

Manifestações contra e a favor de Feliciano têm ocorrido em todo o País. No domingo (7), houve protestos nas ruas do Rio de Janeiro e de Belém, pedindo que o deputado deixasse o cargo.

Da Redação em Brasília
Com agências