Mazzaropi ganha programação especial em semana de aniversário

Em parceria com o Museu Mazzaropi e o Instituto Mazzaropi, as cidades de Taubaté e Pindamonhangaba, em São Paulo, e Sapucaí Mirim, em Minas Gerais, serão palco de uma programação especial em uma semana dedicada à obra do ator, diretor e cineasta Amacio Mazzaropi. Se fosse vivo, Mazzaropi teria completado 101 anos no dia 8 de abril.


divulgação

Até domingo (14), diversas homenagens acontecerão a Amacio Mazzaropi, o imortal Jeca do cinema nacional, como exposições, peças de teatro e show em homenagem ao artista. Alguns dos mais famosos filmes como “Betão Ronca Ferro”, “Jeca Macumbeiro” e “O Corintiano” serão exibidos ao público. É uma oportunidade única para matar a saudade ou conhecer um pouco mais sobre este ícone da cultura caipira.

Em Taubaté, a Semana Mazzaropi chega a 20ª edição em 2013. A programação será bastante movimentada e conta com visitas escolares ao Museu Mazzaropi, exibição dos principais filmes, shows, peças teatrais e uma mesa redonda que discutirá a herança deixada pelo artista e a atualidade da obra. O evento ocorrerá por toda a cidade e a programação pode ser conferida no site http://www.museumazzaropi.org.br/20a-semana-mazzaropi/.

Na semana “Mazzaropi em Cena”, realizada em Pindamonhangaba, o destaque são as exposições “Filme em Cartaz” e “Viva Mazzaropi – Um Artista Brasileiríssimo” que podem ser conferidos durante toda a semana. No encerramento, haverá uma cantoria no túmulo do artista, no Cemitério Municipal de Pindamonhangaba, como acontece todos os anos.

Minas Gerais

Localizada na parte mineira da Serra da Mantiqueira, Sapucaí Mirim entrará pela primeira vez na programação com a 1ª Mostra Cultural de Sapucaí Mirim, com o tema “Mazzaropi por mais 100 anos”. Durante toda a semana, os filmes do artista serão exibidos no Salão João Borges da Costa e no encerramento, dia 13/04, sábado, haverá oficinas de circo e de contador de histórias e apresentações de teatro.

Mazzaropi

Amácio Mazzaropi nasceu em 9 de abril de 1912 em São Paulo. Ainda criança, foi morar em Taubaté e desde pequeno revelava um talento para as artes cênicas. Encenava monólogos na escola o tempo todo e quando conheceu uma trupe circense descobriu o que queria na vida. Os pais foram contra, mas com tamanha insistência do filho cederam. Ambos ingressaram na trupe, a mãe como atriz e o pai cuidando da administração.

Do circo, Mazzaropi foi para o teatro, para o rádio, para a tv e depois chegou ao cinema. Tornou-se um astro nacionalmente conhecido e fez 32 filmes ao longo de três décadas. Com a PAM Filmes, uma produtora independente criada por ele mesmo, mostrou que poderia fazer cinema de qualidade, atrair o público, sem financiamentos ou patrocínios.

Mazzaropi morreu em 1981, sem deixar herdeiros. A PAM Filmes e todo o acervo foram leiloados e os recursos divididos entre os parceiros e amigos contemplados no testamento. Muito criticado por fazer cinema para o povo, Mazzaropi morreu sem ter o reconhecimento da crítica e previu que após a sua morte iriam homenageá-lo e organizar mostras a respeito dos filmes.

Fonte: Portal Centenário Mazzaropi