Chile: Bachelet fala de educação e mudança na lei antiterrorista 

A candidata presidencial no Chile Michelle Bachelet prometeu que se chegar novamente ao Palácio da Moeda (sede do governo chileno), em nenhuma hipótese aplicará a lei antiterrorista contra indígenas contra indígenas mapuche, como fez seu governo. “Isso foi um erro”, afirmou Michelle em entrevista nesta quinta-feira (11), para o semanário The Clinic. 

Bachelet - Scott Eells/ Bloomberg

A candidata lembrou que a sua administração apresentou um projeto de lei para modificar a lei antiterrorista, mas que foi bloqueada no Congresso. Durante o seu mandato como presidenta, entre 2006 e 2010, houve situações dolorosas com os povos indígenas, mas Michelle considera que houve também alguns avanços.

Ela reiterou a sua vontade de colocar fim ao lucro na educação, uma das principais demandas do movimento estudantil chileno, que convocou para esta quinta-feira (11) uma grande marcha pela reivindicação do ensino público, gratuito e de qualidade.

Michelle recordou também que dos protestos estudantis que a sua administração enfrentou, e se perguntou “se as pessoas sabiam que eu havia enviado ao Congresso um projeto para pôr fim ao lucro na educação em 2007, mas que não conseguiu maioria no parlamento”.

A ex-presidenta disse não entender o que ocorreu, por que foram geradas desconfianças profundas, frustrações, e a sensação de enganação, que é o que leu e escutou de alguns dirigentes.

“Enganação nunca houve, e o que sim houve foi a incapacidade de empurrar com força projetos que iam na mesma direção do que querem os estudantes”, disse ela.

Ao analisar a situação, cinco anos depois, na opinião de Michelle, é preciso que um esforço pela educação seja infinitamente mais integrador, mais inclusivo, que invista na qualidade, de não sofra com as barreiras de acesso ao financiamento e a segregação.

De acordo com a ex-presidenta, o Chile continua sendo um dos países mais segregados desde o ponto de vista educacional, motivo pelo qual é preciso dar impulso ao esforço pela gratuidade.

Com Prensa Latina