Comércio Índia-Paquistão cresce e melhora relações bilaterais 

O comércio entre a Índia e o Paquistão passou os dois bilhões de dólares de abril de 2012 a fevereiro de 2013, um nível recorde desde a independência de ambos os países em 1947, indicaram nesta segunda-feira (15) fontes do setor. 

Neste período as exportações indianas ao país vizinho chegaram a 1,6 bilhões de dólares e as importações chegaram a 488 milhões, segundo o diário Indian Express, citando um funcionário do Ministério de Comércio e Indústrias.

Tais cifras foram alcançadas mesmo sob as tensões permanentes entre Nova Délhi e Islamabad, devido a questões territoriais e em meio a um complicado cenário internacional, marcado pela crise econômica e financeira global, e o consequente retraimento dos mercados.

Como amostra, o funcionário do Ministério indiano apontou que no período as exportações indianas ao resto do mundo caíram 4%, enquanto para o Paquistão aumentaram quase 15%.

As marcas mais altas de crescimento de vendas devem-se aos derivados do petróleo, do algodão bruto, tecidos e fios de algodão, fios em geral, plásticos e legumes, segundo as informações do Ministério.

Os dois vizinhos, que experimentaram períodos de rivalidade intensa e violenta, procuram desmantelar progressivamente as barreiras não-alfandegárias para elevar o seu comércio a 10 bilhões de dólares nos próximos três ou quatro anos.

Com este objetivo, no final de 2012 ambos oficializaram um novo regime recíproco de vistos que facilitará as viagens de empresários, enquanto planejam melhorar a infraestrutura nas vias terrestres por onde fluem os intercâmbios, entre outras medidas que propiciem o comércio.

Além de compartirem as fronteiras e suas possibilidades de complementação econômica, as operações de compra e venda entre a Índia e o Paquistão representam apenas 1% das que realizam a nível global.

As relações bilaterais são constantemente tensionadas por velhos conflitos fronteiriços, principalmente na Cachemira, e por atos terroristas como o ocorrido em novembro de 2008, na cidade indiana de Mumbai, que causou 166 mortes e virtualmente congelou os vínculos entre os dois países durante três anos.

Com Prensa Latina
da redação do Vermelho