Governo do Estado pagou por estrada não construída

 

Estrada Fantasma
O deputado Marcelo Tavares denunciou semana passada na Assembleia Legislativa que o governo do Estado pagou mais uma vez por uma estrada não construída, a exemplo do que aconteceu com a polêmica ‘estrada fantasma’ Arame/Paulo Ramos.

Conforme a denúncia, a administração Roseana Sarney, em documento encaminhado ao BNDES, apresenta como concluída a estrada Vargem Grande/Coroatá, sem que a rodovia tenha sido executada. O valor do contrato, assinado com a empresa JNS Canaã para execução dos serviços, é da ordem de R$ 4,3 milhões.

Resumo da obra constante no Diário Oficial do Estado diz o seguinte: ‘estrada Vargem Grande/Coroatá: implantação, melhoramento e pavimentação, extensão 47.40 km. Empresa contratada JNS Canaã, construção e paisagismo. Empresa supervisora – Rodoconsult, valor pago com dinheiro do BNDES R$ 4 milhões 309 mil 604 reais e 23 centavos. Situação concluída’.

Segundo Tavares, o governo enganou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e apresentou na prestação de contas um documento dizendo que tinha concluído a estrada para pegar o dinheiro do empréstimo em forma de reembolso, pagaram uma parte e pediram ressarcimento, o que, segundo Tavares, caracteriza crime de falsidade ideológica.

‘Afirmo que o governo enganou o BNDES para pegar o dinheiro do empréstimo. Cometeu aqui uma falsidade ideológica; mandou uma prestação de contas e diz que a obra está concluída. As palavras não são minhas, o documento não é meu. Está aqui como concluída’, enfatizou Tavares.

Na avaliação do deputado Bira do Pindaré, a engenharia é a seguinte: ‘O governo pegou tudo o que era para fazer com o orçamento do Estado, colocou para justificar o empréstimo e agora vai ter uma sobra de caixa no governo para fazer o quê? A farra dos convênios’, denunciou o petista.

O deputado Bira foi categórico ao afirmar que não existe estrada pavimentada entre Vargem Grande e Coroatá. “São cinquenta quilômetros de piçarra de obra inacabada, de pontes que não foram concluídas e que só consegue atravessar quem vai de carro traçado nas 4 rodas, porque carro pequeno certamente não consegue trafegar aquela rodovia”, denunciou o parlamentar.

Bira comparou a situação da estrada Vargem Grande – Coroatá com o famoso caso Paulo Ramos – Arame. A obra paga no governo Roseana Sarney, ainda pelo antigo PFL, em 1995, teria desviado 33 milhões de dólares dos cofres públicos sem que fosse construída.

O vídeo abaixo desmonta a farsa do governo do Estado e prova que a estrada que liga Coroatá a Vargem Grande não foi concluída.

Fonte: Blog John Cutrim