84 prisioneiros continuam greve de fome em Guantânamo

Mais da metade dos detentos do campo de concentração situado na base ilegal de Guantânamo continuam em greve de fome, segundo confirmaram nesta segunda-feira (22) autoridades militares.

Desde 2002, a Casa Branca mantém um centro de detenção nessa base localizada em território cubano, contra a vontade do povo e do governo da ilha caribenha.

84 dos 166 prisioneiros continuam sem ingerir alimentos, em protesto pelas irregularidades e abusos cometidos contra eles e pelas condições de sua detenção durante mais de uma década sem acusação formal alguma à maioria deles.

Segundo as autoridades militares, 16 dos réus estão sendo alimentados de maneira forçada e outros cinco são tratados em um centro hospitalar, informou a emissora de televisão a cabo CNN.

Um dos advogados de defesa dos presos disse nesta segunda que é difícil que os detentos se mantenham tranquilos perante a falta absoluta de esperança de que mudem essas condições desumanas no centro de detenção.

A greve começou em 6 de fevereiro com seis prisioneiros, mas mais presos se somaram aos grevistas por estarem contra medidas como o confinamento por tempo indefinido, a revista constante de seus pertences e confisco de cópias do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

Depois de assumir seu primeiro mandato em 2009, o presidente Barack Obama assinou uma ordem executiva para fechar a prisão de Guantânamo em menos de um ano, mas a prisão continua em operação.

Existem várias denúncias sobre o uso de técnicas de tortura nessa prisão, tal como a privação do sono, encerramento de prisioneiros nus em celas com baixas temperaturas e interrogatórios esgotadores.

Fonte: Prensa Latina